O replantio de uma orquídea é a essência do seu cultivo e uma das operações mais importantes para a sua manutenção, pois é um fator determinante para ela voltar a florir ou se manter saudável até a próxima floração.
Entretanto, ela só deve ser trocada para um novo vaso quando for mesmo indispensável, o que geralmente acontece a cada dois ou três anos e quando a planta não está florida, a fim de mantê-la saudável e garantir o seu crescimento.
Assim, pode-se dizer que o sucesso ou fracasso no cultivo da orquídea deve-se à qualidade do seu replantio ou transplante. Mas, independentemente do tipo de vaso ou de substrato usado, será preciso fixá-la bem.
Ela tem que estar firme no vaso, tronco, madeira ou casca, firmemente amarrada em tutores até que seja enraizada. Tudo isso porque o sucesso do seu desenvolvimento está nesse enraizamento. E, como as pontas de suas raízes são sensíveis, qualquer dano pode fazer com que a planta pare de crescer, como o atrito com o substrato ao vento. Além disso, sem raízes saudáveis, a orquídea deixa de absorver água e nutrientes, ficando mais suscetível a doenças.
Motivos para replantar a orquídea
Os motivos para transferir a orquídea de um vaso para outro giram em torno de:
– Falta de espaço para continuar o crescimento: chega o momento em que a orquídea não cabe mais dentro do vaso e suas raízes começam a ficar penduradas para o lado de fora, sem condição de absorver água e nutrientes.
– Substrato fica velho: com exceção dos materiais inertes, todos os tipos de substratos ficam envelhecidos com o tempo, tornando-se inadequados para o cultivo de orquídea e precisam ser substituídos junto com a troca de vaso.
– Desenvolvimento inadequado: quando a orquídea não está crescendo bem num vaso, é hora de mudar para outro.
– Plantas doentes: doenças, como a podridão, são motivos para fazer o replantio da orquídea.
Qual é o melhor momento para fazer o replantio da orquídea?
A fase perfeita para replantar ou dividir a orquídea é a de crescimento, imediatamente após o final do ciclo de floração, quando todas as flores estão murchas, ou seja, é o momento em que a planta volta a emitir novas raízes e brotos, depois de passar pelo período de descanso (dormência). Muitas orquídeas produzem uma explosão de novos crescimentos nesse estágio e se beneficiarão de composto fresco.
Qual substrato deve ser usado no replantio da orquídea?
Como existem vários tipos de substratos disponíveis no mercado, o aconselhável é usar três tipos deles para replantar a orquídea. Uma opção bastante recomendada pelos orquidófilos é uma mistura de casca de pinus, chips de coco em cubos e carvão vegetal, todos facilmente encontrados.
Caso a espécie de orquídea que esteja sendo replantada demande mais umidade para o seu desenvolvimento e esteja em uma região de clima quente e seco, chips de coco em cubos deverão ser privilegiados em relação aos demais substratos, para que o teor de umidade se mantenha ativo por mais tempo. Porém, caso a região já seja de clima naturalmente úmido, não é preciso grande quantidade de chips de coco no vaso para cultivá-la.
Qual é o vaso mais indicado para o replantio da orquídea?
Outro fator relevante para que a orquídea se desenvolva plenamente é a escolha do vaso em que será cultivada.
Vasos de plástico costumam manter a umidade por mais tempo. Então, caso a espécie não tolere permanecer úmida por longo período, é preciso compensar essa situação colocando no vaso menos quantidade de coxim de coco.
Com as Phalaenopsis, por exemplo, a porção de coxim de coco nos vasos de cultivo pode ser bastante generosa. Já plantas muito jovens são mais frágeis e, geralmente, não toleram ficar secas por um longo período.
É fundamental lembrar-se de não fazer o replantio em vasos maiores do que o absolutamente necessário. O ideal é deixar espaço para cerca de dois anos de crescimento após o envasamento.
Como fazer o replantio da orquídea?
Determinado o momento certo para fazer o transplante, está na hora de aprender de fato como replantar a orquídea. Abaixo está o passo a passo:
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Molhar o vaso para desprender as raízes
É importante regar bem a orquídea antes de começar a replantar ou dividir, para facilitar a remoção do vaso e ajudar a soltar o composto. Quanto mais molhadas as raízes estiverem, mais fácil elas irão se soltar e menores serão os riscos de machucá-las.
Caso as raízes estejam presas ao recipiente, uma dica é separá-las passando suavemente os dedos ou uma faca esterilizada por dentro. O ideal é não machucá-las e preservá-las ao máximo para que elas sobrevivam no novo vaso. -
Remover a orquídea do vaso
Depois de deixar a planta de molho, deve-se virar o vaso de cabeça para baixo e desenvasar a orquídea com cuidado, pressionando ligeiramente o vaso com toques firmes nas laterais. Para isso, é possível usar uma faca sem ponta e sem serra esterilizada para ir afrouxando a planta gentilmente, caso alguma parte ainda esteja presa.
Depois ela deve ser removida, com bastante cuidado, para evitar danificar alguma parte da orquídea, já que qualquer machucado pode servir de “porta” de entrada para fungos e bactérias. -
Limpar e cortar as raízes
Depois de retirar a orquídea do vaso, é importante retirar com cuidado todo o substrato velho das raízes e qualquer outro resíduo. Para isso, pode-se lavar a planta em água corrente para retirar todas as toxinas e excessos de adubos que tenham se acumulado com o tempo.
Caso as raízes estejam secas, machucadas, murchas ou podres, o indicado é cortar todas as partes mortas, assim como as folhas. O ideal é sempre utilizar uma ferramenta esterilizada e bastante afiada, como uma tesoura, para não macerar o local do corte e ferir as raízes que estão vivas.
As raízes muito longas devem ser cortadas em um tamanho em torno de 5 cm. Após cortá-las, o melhor é secarem à sombra por uns dois dias, a fim de cicatrizar o corte. Caso não seja possível, é bom evitar molhar o substrato nos dias seguintes após replantá-la e apenas borrifar água nas folhas para minimizar a desidratação.
Depois de fazer qualquer corte na planta (no rizoma, no pseudobulbo, na haste ou na folha), é recomendado aplicar um cicatrizante natural no local, como a canela em pó, a fim de protegê-la de infecções, fungos e bactérias. -
Preparar o vaso
No caso de um vaso usado, é necessário lavar por completo em água corrente, retirar toda a poeira, sujeira ou qualquer resíduo e deixá-lo secar. Depois, é preciso deixar o vaso de molho em uma mistura de 100 ml de água sanitária para cada litro de água por 30 minutos. -
Garantir a drenagem do vaso
O vaso escolhido para o replantio da orquídea deve ter furos, tanto no fundo como nas laterais, para melhor aeração das raízes. Porém, também é importante adicionar um material no fundo para aumentar a drenagem e afastar o risco das raízes ficarem encharcadas pelo acúmulo de água, principalmente se o seu cultivo for desprotegido da chuva.
Para tanto, o ideal é utilizar um tipo de material inerte, como brita, isopor, cacos de telhas, argila expandida, entre outros, até a altura de pelo menos um terço do vaso, para ajudar na drenagem.
Depois do vaso forrado, caso a região seja de clima seco e quente, e a espécie precise de maior retenção de umidade, uma fina camada de coxim de coco poderá ser adicionada. Em seguida, o restante do espaço do vaso deve ser completado com a mistura de substratos. -
Renovar o substrato
Para um crescimento saudável após o replantio, a orquídea deve estar totalmente limpa, sem resquícios do substrato antigo. Feito isso, deve-se colocar o novo substrato e replantar a planta.
Mas antes é necessário escolher o substrato mais adequado ao tipo de orquídea. Entre as opções mais recomendadas estão: casca de pinus, brita, argila expandida, esfagno, fibra de coco, entre outros.
Após preparar o substrato mais apropriado, é preciso medir a quantidade adequada para o novo vaso e colocar a mistura aos poucos, ajeitando com os dedos. -
Acomodar a orquídea no vaso
Depois de preparar o vaso e colocar parte do substrato, é preciso acomodar a orquídea com muito cuidado, colocando as raízes mais antigas em direção ao fundo do vaso e deixando que as raízes mais novas fiquem em direção das laterais. Deste modo, elas terão mais espaço para crescer.
Vale destacar que a orquídea não pode ficar enterrada no vaso, mas, sim, na superfície do substrato, isso porque suas raízes nunca devem ficar totalmente cobertas. O ideal é que elas fiquem por cima do substrato.
Logo após plantá-la, é preciso fixá-la no vaso com amarrilho (pode ser semelhante aquele usado para fechar sacos de pães de forma) e uma haste de madeira (até mesmo o palito de churrasco) ou de metal. Assim, elas não ficarão soltas e instáveis no vaso.
Mas é importante dizer que as raízes não devem ser enroladas dentro do vaso, já que elas com certeza ficarão sufocadas e apodrecerão, afetando o crescimento de todas as raízes novas.
Recomenda-se também que os brotos da orquídea não fiquem encostados no substrato, para que fiquem mais aerados e com menos risco de ataque por fungos e bactérias.
Neste período de adaptação ao novo ambiente, aconselha-se suspender a adubação até que a planta esteja bem enraizada. Ao final desse processo, a orquídea deve permanecer em pé e bem firme. -
Observar o lado de crescimento da orquídea
É preciso observar a direção de crescimento da orquídea, que será sempre para o lado de maior luminosidade, procurando muitas vezes o sol da manhã.
Além disso, é fundamental observar a direção da gema dianteira, já que o crescimento partirá de lá para frente. Assim, é preciso deixar essa parte da planta o mais longe possível da borda do vaso ou do final de um pedaço de madeira ou casca na qual estiver plantada.
Fazendo isso, é possível evitar o risco de trocar de vaso precocemente, já que todo replantio traumatiza a orquídea e de alguma forma atrapalha o seu desenvolvimento. -
Finalizar com as regas e local adequado
É essencial regar imediatamente a orquídea depois de replantar, com o intuito de remover fungicidas ou resíduos de adubos pelos compostos.
Além disso, o ideal é deixar a orquídea recém-transplantada na sombra por 7 a 10 dias, regando sempre cuidadosamente com spray, com água da chuva ou água fervida resfriada. Depois, é possível mover a planta de volta para a luz do sol, conforme indicado para a espécie, e retomar a rega normal.
Harmoniz Orquídeas
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Cada orquídea tem um charme especial e particular, por isso, cuidamos individualmente de cada uma. O resultado é o que nos motiva a continuar florindo diariamente.
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