Saiba como escolher e usar substratos e adubos no plantio das orquídeas

Para crescer e florir de forma saudável, as orquídeas precisam de suplementação alimentar. E, para conseguir esse bom desenvolvimento, alguns fatores são vitais e precisam ser respeitados, como a escolha dos substratos e adubos, e a forma como devem ser usados no plantio, de acordo com as características e necessidades de cada espécie.
A função dos substratos no cultivo das orquídeas está relacionada a fornecer a sustentação necessária para o seu crescimento, possibilitar a aeração, fornecer nutrientes às raízes e reter umidade para absorção.
Porém, apesar dos substratos serem capazes de fornecer um número considerável de elementos, eles sozinhos não são suficientes para garantir a quantidade necessária que as plantas demandam, o que exige a utilização de adubos, para completar os elementos necessários para o seu desenvolvimento e fortificar todo o processo.
O adubo normalmente é absorvido pelo substrato, permitindo, assim, que as orquídeas, por meio das raízes, absorvam os nutrientes que precisam. O substrato vai funcionar como um meio armazenador, como se fosse uma reserva, na qual as plantas vão usando as substâncias quando necessário.
Vale destacar que, assim como a grande maioria das plantas, as orquídeas são capazes de absorver nutrientes por meio de suas raízes e folhas. Entretanto, muitos estudos apresentam que a maior parte é aborvida por meio das raízes, o que comprova que as adubações foliares não são tão eficazes quanto as radiculares.

Tipos de substratos

• Fibra de coco
  A fibra de coco tem sido bastante empregada no cultivo de orquídeas, já que pode facilmente substituir o habitual xaxim (cuja extração e comercialização estão proibidas por estar quase em extinção). Pode ser encontrada em cubos, placas ou desfiada.
  Esse substrato apresenta aeração adequada, boa iluminação, razoável durabilidade e retém pouca água. A recomendação é que seja substituído a cada dois anos.

• Casca de pinus
  A casca de pinus é um dos substratos mais usados, geralmente misturado a outro tipo para melhor aeração. Ajuda a manter a umidade e adubação por um determinado tempo.
  Ela exige cuidado extra, porque pode acumular fungos e bactérias, especialmente quando é adquirida “in natura”.
  Para evitar que contamine as orquídeas, é necessário deixar a casca de pinus de molho em água sanitária (diluída em água) ou, então, borrifar água com bicarbonato de sódio diluído.
  Só depois que esse substrato estiver seco, acabado o processo de desinfecção, é que deverá ser colocado no vaso para cultivo.
  Vale dizer que a casca de pinus é vendida já pronta para uso.

• Casca de árvores (placas)
  As cascas de um tronco ou de um galho de árvore mais grosso que tenha sido podado (como a de peroba), podem ser aproveitadas para o plantio de orquídeas.

• Esfagno (musgo)
  O esfagno (musgo) é um substrato que, se usado de maneira correta, retém água de forma equilibrada, evitando problemas nas raízes das orquídeas.
  Já que estimula o enraizamento, é ótimo para ser usado em mudas pequenas, que precisam de cuidados especiais, pois mantém estável a umidade em torno da planta, sendo bastante apropriado para quando ela está mais fragilizada e com poucas raízes.
  Entretanto, se o esfagno (musgo) estiver sendo utilizado como substrato principal, é fundamental tomar bastante cuidado para não encharcar as raízes, pois as orquídeas não suportam ficar úmidas em excesso e acabam morrendo. Assim, a dica é garantir que o esfagno (musgo) esteja sempre úmido, mas nunca com água demais.

• Pinha
  Para que seja utilizada como substrato, a pinha precisa ser triturada e passar por um tratamento para eliminar o tanino e a resina, substâncias que queimam as raízes das orquídeas, levando-as à morte. O tratamento consiste em deixá-las de molho na água, trocando-a com frequência, até que fique cristalina.
  Esse substrato possui ótima drenagem e baixo custo, já que pode ser recolhido do chão ou apanhado dos pinheiros que arborizam parques, praças e jardins residenciais.
  No entanto, tem curta durabilidade (dois anos aproximadamente) e, por ser muito leve, não oferece muita estabilidade à planta, que pode tombar com facilidade.

• Argila expandida
  A argila expandida é barro submetido industrialmente a uma alta temperatura e, por esse motivo, é limpa de pragas e doenças.
  Pode ser utilizada para o cultivo de orquídeas, desde que seja feita adubação química, pois se trata de um material inerte, ou seja, não fornece nenhum nutriente para a planta. Assim, requer o auxílio de adubos que trarão os micronutrientes essenciais para sua sobrevivência.
  É usada principalmente no fundo dos vasos para aumentar a drenagem e/ou por cima de outro substrato.

   

• Carvão vegetal
  O carvão vegetal é proveniente da carbonização de madeira e é um bactericida natural, além de repelente de pragas, como a lesma. Ele deve ser empregado junto com outros substratos, em razão de ser inerte e não possuir os nutrientes necessários para as plantas se desenvolverem.
  Esse substrato garante uma boa aeração para as orquídeas, facilitando a drenagem da rega, no entanto, devido a sua porosidade, tem tendência para acumular mais sais, sendo necessário, com o tempo, jogar bastante água para “lavá-lo” devidamente.

• Casca de macadâmia
  A casca da noz macadâmia vem sendo muito empregada como substrato no plantio de orquídeas, conjuntamente com o carvão vegetal e o esfagno (musgo), devido ao seu baixo custo e inúmeros benefícios, entre eles, ter durabilidade elevada e permitir boa aeração das raízes.

  

• “Mix” de substratos
  A mistura de vários substratos é conhecida por “mix” e é usada com muita frequência para o cultivo de orquídeas, a fim de regular a umidade, drenagem e porosidade.
  Vale dizer que esse “mix” pode ser comprado já pronto para o plantio.

   

Tipos de adubos

• Adubos químicos (minerais)
  A mistura NPK é muito famosa e utilizada por sua praticidade, além do custo e fácil aquisição. Esses adubos fornecem apenas três nutrientes, que são os mais utilizados pelas orquídeas: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K).
  Porém, as plantas não precisam apenas desses elementos, por isso, há a necessidade de adubos químicos, que possuem misturas mais complexas capazes de fornecer nutrientes já prontos para absorção, proporcionando resultados mais rápidos do que os obtidos com a adubação orgânica.
  Ao optar por utilizar adubos químicos, o ideal é escolher aqueles que são solúveis em água, para que seja possível aplicar junto à rega.
  A periodicidade da adubação deve ser a cada 15 dias, conforme as quantidades indicadas na embalagem do produto.
  É bom evitar aplicar os adubos químicos granulados direto no substrato, pois isso pode gerar queimaduras nas raízes.

  

• Adubos orgânicos
  Os adubos orgânicos são uma ótima fonte de nutrientes. Eles são aplicados a cada três ou seis meses, porque levam mais tempo para se dissolver por completo, liberando lentamente os elementos necessários para as orquídeas. A absorção ocorre apenas quando a matéria-prima se decompõe.
  Esse é o tipo mais indicado para as plantas, entretanto, seu excesso também deve ser evitado, devido ao simples fato de que adubos orgânicos geram ácidos durante a decomposição, que podem ser prejudiciais às raízes.
  A torta de mamoma e a farinha de osso são os adubos orgânicos mais utilizados na produção de orquídeas.

   

• Adubos mistos
  Os adubos mistos são uma terceira opção para o plantio de orquídeas. Eles formam uma junção entre os dois tipos de adubos existentes, oferecendo a versatilidade dos adubos químicos com a durabilidade dos adubos orgânicos.

   

Harmoniz Orquídeas

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